IMERSÃO | LAB-POESIA
mediação por Meliny Bevacqua, Cris Madeira e Lucila Losito
7 dias | 22 a 28/mai
na Canto do Mar Residência e Arte
Cumuruxatiba - Sul da Bahia
05 bolsas + 10 pagantes
A imersão LAB-POESIA vai trabalhar com a vídeo-poesia habitando fronteiras entre palavra e imagem, performance, registro e corporeidade. No decorrer das atividades, rituais, laboratórios, vamos experimentar o corpo e a poesia enquanto acontecimento: escrivência, escrevimovência, escrevidança, escreviandanças. Nossas brincadeiras vão criar caminhos para desenvolver vídeo-poemas a serem apresentados no Festival TRANÇA. Usaremos técnicas como a improvisação, a composição, decomposição e recomposição de poemas colaborativamente, palavra-dançada, painel de referências, palavra-caminhada, escrita erótica, estudos perspectivistas, entre outras. Construídos os roteiros, contaremos com um vídeo-maker à disposição para filmar as cenas que irão compor cada projeto.
Na imagem, frame da vídeo-poesia "Estudos sobre o Vento", 2020 de Cris Madeira
RESIDÊNCIA | TRANÇA SP
mediação por Lucila Losito
21 dias | 12/jun a 02/jul
Na "Pousada dos Anjos"| Cunha - SP
05 bolsas
A ideia de Brasil enquanto nação foi construída sobre traumas e heranças coloniais que seguem latentes nossos corpos e relações. Entretanto, nas duas últimas décadas, fomos testemunhas de uma mudança de paradigma: as insurgências facilitadas pela globalização e pelas redes sociais permitiram que as minorias começassem a se colocar cada vez mais atuantes na política, na arte e na literatura. Vale lembrar que a soma das minorias forma a grande maioria das pessoas que compõem o nosso país. Percebemos que os temas e a história contada de forma repetitiva era a daqueles que detinham o poder, uma ótica colonial que excluía inúmeros temas, diálogos, esquemas corporais e inscrições. Há tanta coisa por ouvir e há tanto por colocar em contraste. Há tanto por conciliar, dialogar e recriar. Há tanto a ser escutado. Há tanto por trançar, ainda que antes seja necessário desfazer tantos emaranhados.
Durante os 21 dias, os 05 selecionados terão acesso a uma biblioteca vasta com livros ligados ao tema a ser abordado, acompanhamento dos trabalhos e mediações por Lucila Losito, hospedagem em quarto confortável com microondas, frigobar, mesa para trabalho, rede e aquecedor, refeições e transporte pagos pelo projeto, fogueiras para troca entre os residentes, roteiro de atividades para conhecer pontos importantes da região e pessoas locais, portadoras de histórias orais. Contrapartidas para a comunidade são bem vindas e podem ser feitas em conjunto com parcerias locais.
Cunha herda uma história secular e singular, de pouso da Trilha dos Goianazes, dos portugueses desde o século XVI, parada do tráfico escravagista, de tropeiros e barões do café. Fica entre São Paulo e Rio, a 10 km de Cunha e 33 km de Parati. A região conta com muitas cachoeiras, casas históricas, heranças indígenas, produção de cerâmica, memórias encrustradas nas rochas, uma comunidade que sabe viver da simplicidade e, ao mesmo tempo, vive cercada de ostensivas memórias coloniais.
As bolsas-participação serão distribuídas para: 01 autor LGBTQIA+, 01 autor afro-descendente, 01 autora mulher, 01 autora indígena e 01 pesquisador(a) que faça interface entre estas perspectivas. Os trabalhos produzidos farão parte da publicação do projeto que será distribuída gratuitamente através das redes sociais do @tomarcorpo e @selvagem_ciclodeestudos
Na imagem, a obra "Carta ao Velho Mundo", 2021 de Jaider Esbell
IMERSÃO | TRANÇA BA
mediação por Lucila Losito
+ convidados
10 dias | 25/ago a 03/set
na Casa iá + Colméia
Santo André - Sul da Bahia
04 bolsas + 08 pagantes
A ideia de Brasil enquanto nação foi construída sobre traumas e heranças coloniais que seguem latentes em nossos corpos e relações. Entretanto, nas duas últimas décadas, fomos testemunhas de uma mudança de paradigma: as insurgências facilitadas pela globalização e pelas redes sociais permitiram que as minorias começassem a se colocar cada vez mais atuantes na política, na arte e na literatura. Vale lembrar que a soma das minorias forma a grande maioria das pessoas que compõem o nosso país. Percebemos que os temas e a história contada de forma repetitiva era a daqueles que detinham o poder, uma ótica colonial que excluía inúmeros temas, diálogos, esquemas corporais e inscrições. Há tanta coisa por ouvir e há tanto por colocar em contraste. Há tanto por conciliar, dialogar e recriar. Há tanto a ser escutado. Há tanto por trançar, ainda que antes seja necessário desfazer tantos emaranhados.
Durante 10 dias, os 12 selecionados terão acesso a uma agrofloresta em miniatura com plantas da região, acompanhamento dos trabalhos e mediações por Lucila Losito, atividades especiais com os convidados, hospedagem em quarto confortável com ar-condicionado e frigobar, fogueira na praia e bar com mesas para troca entre os residentes, roteiro de atividades para conhecer pontos importantes da região e pessoas locais, portadoras de histórias orais. Contrapartidas para a comunidade são bem vindas e podem ser feitas em conjunto com parcerias locais.
Santa Cruz Cabrália, no litoral do Sul da Bahia, é conhecida por ser o lugar onde aportaram os primeiros navios portugueses, na época da chegada dos europeus ao Brasil. Até hoje, a região é conhecida como "costa do descobrimento" e segue vivendo do turismo vinculado à espetacularização da colonização. Por outro lado, a região é repleta de aldeias, terreiros e comunidades afro-descendentes que vivem profundamente suas raízes, trançadas de imensas potências e inúmeras contradições.
As 04 bolsas (hospedagem + alimentação) serão designadas a 01 LGBTQIA+, 01 afro-descendente, 01 mulher e 01 indígena. Participam da mediação como convidadas Paula Borghi, Doddi Leal e Adriana Pesca. Todos os trabalhos produzidos farão parte da publicação do projeto que será distribuída gratuitamente através das redes sociais do @tomarcorpo e @selvagem_ciclodeestudos
Na imagem, a obra Grande Veleiro de Arthur Bispo do Rosario.
